O Gás Natural Veicular (GNV) é uma alternativa de combustível que tem ganhado popularidade nos últimos anos devido à sua eficiência energética e menor impacto ambiental em comparação aos combustíveis fósseis tradicionais. Dados do Ministério da Infraestrutura, apontam que no primeiro semestre de 2022, mais de 500 mil carros foram adaptados para GNV, isso representa um aumento de 6,54%, em comparação ao mesmo período de 2021. 

A principal razão desse aumento de carros operando em GNV é o fator economia, pois é um combustível mais barato comparado à gasolina e ao etanol. No entanto, vale ressaltar que é preciso uma avaliação cuidadosa e realista a respeito das vantagens e desvantagens do gás natural para o seu veículo e as suas necessidades. Pois, ainda que ele seja um combustível mais econômico no dia a dia para o bolso do motorista, existem os custos para a instalação do sistema de operação, o chamado kit GNV. 

O que é o kit GNV?

Também chamado de kit de conversão, ele consiste em um conjunto de componentes e dispositivos instalados em um veículo com o objetivo de adaptá-lo para operar com Gás Natural Veicular (GNV). 

Esses kits são utilizados em veículos que originalmente foram projetados para funcionar apenas com combustíveis líquidos, como gasolina ou etanol, permitindo que eles também utilizem o GNV como fonte de energia. Ou seja, o motorista tem mais flexibilidade e ganha mais uma opção de combustível para o seu veículo.

O kit de conversão geralmente inclui os seguintes componentes: redutor de pressão; filtro; sensor de pressão, de temperatura e fluxo de combustível; mangueiras de passagem de gás e de água; bicos de injeção; e cilindro para armazenamento de gás.

Por sua complexidade e segurança o kit deve ser instalado por um profissional certificado para isso. Além disso, é importante ficar atento se os componentes têm os selos de certificação do Inmetro, especialmente o cilindro, que deve ser específico para esse tipo de instalação. 

Mas, afinal, como o carro a gás funciona?

Agora que você já conhece os componentes que devem ser integrados ao seu carro para que ele seja adaptado para o GNV, vamos explicar como isso funciona. 

O Gás Natural Veicular (GNV) é formado por hidrocarbonetos leves, majoritariamente de metano e etano, por isso, a principal diferença entre o GNV e os combustíveis líquidos convencionais está no processo de combustão. Enquanto a gasolina, o álcool e o diesel são queimados no estado líquido, o GNV é usado em seu estado gasoso. Para isso, o GNV é armazenado nos cilindros de alta pressão que estão instalados no veículo e é alimentado para o motor por meio do sistema de injeção.

O GNV é injetado no coletor de admissão do motor, onde se mistura com o ar antes de ser comprimido e inflamado pela faísca das velas de ignição. Essa combustão resulta na liberação de energia que impulsiona o funcionamento do motor e, consequentemente, movimenta o veículo.

Onde abastecer o carro GNV? 

Para abastecer um carro a GNV, é necessário ir a um posto que forneça esse tipo de combustível. As estações de GNV nos postos têm compressores que comprimem o gás e o armazenam em cilindros de alta pressão. Durante o abastecimento, uma mangueira é conectada ao veículo, e o gás é transferido para os tanques instalados no carro. Em Curitiba, você pode fazer isso no Posto Flórida, da Rede Primos, localizado no bairro Cabral, clique aqui para ver a localização.

Lembre-se que toda modificação no veículo deve ser regularizada junto ao Detran do seu estado. Nesse caso, deve ser emitido um Certificado de Segurança Veicular, sem isso o seu veículo ficará irregular.